Hoje passei a vista em um post interessante da Smashing Magazine que lista os erros críticos que freelancers (ou "biqueiros") cometem. É um post tão interessante, e engraçado, que me deu idéia para um "manual da inexperiência", mas que também pode ser conhecido por "lista de má conduta" ou "o que não fazer em design". De vez em quando vamos abordar essas dicas enumeradas comentando, não apenas os itens do post Smashing, mas destacando muitos aspectos mais próximos da nossa realidade.
Mas antes de começar a lista com o tópico 1 eu queria deixar bem claro o link do post que inspirou essa série. É que eu odeio ver trabalhos divulgados sem fonte. Não é uma prática muito legal. Então, se você quer divulgar o que vê aqui ou pela net fica a dica/pedido: cite a fonte!! É bem bacana e honesto das os créditos de quem dedica seu tempo a divulgar informações valiosas.
Inexperiência #1 - Não deixe de usar contratos
O primeiro grande erro de um profissional inexperiente é não utilizar um contrato de serviço. E nem podemos deixar o estígma que seja algo de um iniciante... é coisa de inexperiente mesmo. Diria até de alguém ingênuo. Não se ofenda por eu ter usado adjetivos como "inexperiente", "iniciante" ou "ingênuo". Na verdade essa "inexperiência" pode, e é em muitas das vezes, um terrível ato falho.
Não importa se você tem 5, 10, 15 ou 20 anos de trabalho. Em alguns momentos você pode deixar de lado essa ferramenta incrível que te fornece toda a segurança. O problema são as consequências desse ato falho. É como deixar de usar camisinha: começam os problemas assim que você termina. Em alguns casos, nem dá tempo de terminar. Tem aquele cliente que vai querer "empurrar" pra cima uma peça ou outra a mais, mas pelo preço pré-acertado. Tem aquele outro que vai resolver mudar tudo depois que o projeto está pronto. Tem até aquele que vai te jurar que o valor a pagar combinado foi bem abaixo do que você esperava receber. Isso quando não discutir um parcelamento diferente do acertado.
Eu também já tive muita dor de cabeça com clientes por não ter usado contratos. Já fiquei sem receber, já fiz peças a mais da conta... e à duras penas fui descobrir aquele velho ditado infantil: escreveu, não leu, pau comeu! Então meu amigo, antes do pau comer, deixe sempre tudo muito bem escrito em letras garrafais, com duas vias e uma bela assinatura do seu cliente. Não esqueça de estipular muito bem discriminado detalhes como prazo de entrega, amplitude do projeto, valor do serviço, forma de pagamento. Se você já tem como prática o uso de contratos, ou se quer fazê-lo ainda melhor, lembre-se também de estipular outros detalhes como multas por mudanças em projetos aprovados.
Utilizar uma ferramenta como o contrato de serviço, além de ser uma segurança ao designer, é um diferencial profissional. Mostra como você valoriza seu trabalho, seu tempo, e seu cliente. Mostra o quanto você aprecia a conduta profissional e como isso reflete na segurança ao seu contratante. É uma via de mão dupla onde ambas as partes saem ganhando. Da próxima vez que for fechar um negócio não esqueça de elaborar um contrato. Ele é a garantia de que os sorrisos do primeiro contato ainda estarão nos seus rostos na entrega do projeto.
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